quarta-feira, 25 de maio de 2011

Artigo 1 - O mercado dos livros infantis e juvenis

        Mercado anuncia bom aumento de vendas, mas estamos também lendo mais?

       O segmento de literatura infanto-juvenil está surpreendendo o mercado brasileiro de    livros.      Apontado pelas livrarias do país como o setor que mais cresceu em vendas em 2010, ele ainda não possui um ranking oficial de livros mais vendidos. Mas, os números mostram que crianças e adolescentes estão lendo cada vez mais títulos que vão além do material didático. De acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL), a tendência desse crescimento é só aumentar. Para se ter ideia, em termos de produção, entre 2008 e 2009, o número de livros infantis lançados no Brasil ultrapassou 26 milhões de unidades.
Os dados do Levantamento Anual do Segmento de Livrarias, realizado pela ANL, apontam que entre as cinco áreas que mais cresceram em 2010 a infanto-juvenil estava no topo. Logo atrás, vieram os livros de Auto-Ajuda/Esotéricos, Acadêmicos e Literatura Geral – dividida em Ficção e Não Ficção. De acordo com Augusto Mariotto Kater, vice-presidente da ANL, as livrarias apontaram o campeão da lista como um dos melhores propulsores do bom desempenho das lojas nos últimos anos... De acordo com Kater, há duas explicações diretas para a expansão do segmento. “O cenário econômico favorável no Brasil, que gerou um boom no consumo em geral, e o investimento das livrarias, com o aumento da ofertas de livros infantis e o advento das importações (redução do custo de produção)”, explica. Ele diz que as opções mais econômicas vindas do exterior, como China e Índia, impulsionaram a redução dos preços, gerando mais oportunidade de compra. O Governo é apontado como outro importante responsável pelo aumento das vendas no setor. ...  "... Livros didáticos e paradidáticos (os livros de literatura infantil e juvenil) são comprados com frequência nos âmbitos federal, estadual e municipal”.
Segundo o vice-presidente da ANL, as pessoas costumam gastar mais com os seus filhos do que consigo mesmas. Diante deste cenário, as livrarias começam a incentivar nas crianças o gosto pelo livro criando espaços dedicados aos pequenos consumidores, onde oferecem contação de histórias, debates com autores e oficinas com ilustradores. Elas também costumam promover feiras de livros e eventos literários em colégios, estabelecimentos públicos ou comerciais. E, segundo Augusto, o objetivo é ampliar essas ações. “Incentivar a leitura e, consequentemente, contribuir com o aumento das vendas dos livros infanto-juvenis”.