sexta-feira, 6 de junho de 2014

Flavia não tem respostas. Mas o que você diria?



     Se uma jovem de 15 anos se apaixonasse por um homem de mais de 30 anos e, por ele, só por ele, decidisse mudar toda a sua vida. O que você diria?

     E se, como numa história reflexa num espelho, o pai dessa jovem tivesse, dois anos antes, saído de casa por estar apaixonado por uma mulher que tinha a metade da sua idade.  O que você diria?

     Se o pai de Flavia saiu de casa, deixou mulher e filhas para viver um novo e grande amor, por que razão não pode Júlio sair de casa, deixar mulher e filha para viver seu novo e grande amor com Flávia?
      Como tentar mostrar a Flávia as diferenças dessas duas histórias? Mas quais são exatamente essas diferenças? Elas existem?

     Flávia não tem respostas. Sua mãe a acusa. O pai não tem argumentos. As amigas não sabem quem é o misterioso amor de Flávia.
     Ela vai buscar explicações onde alcança: nas histórias, nos contos mágicos, nos arquétipos, na Psicologia. Em tudo lê aquilo que lhe interessa e nada mais enxerga além do grande amor que está vivendo.

     Flávia vive um conflito. Flávia vive seu primeiro amor. Flávia se   confronta com o espelho e não mais se reconhece.
     Num romance intenso onde ela atua como sua  bruxa e sua fada, sendo heroína e sendo vítima, seguindo apenas impulsos, Flávia escreve uma história atual que tem suas raízes em tempos remotos, pois fala do humano e do amor.
     O espelho agora está partido, assim como suas crenças, sua ingenuidade e seu amor próprio.
    
    
 

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